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O vale encantado, os rios e os seus moinhos

Foto do escritor: Marco Moura MarquesMarco Moura Marques

Atualizado: 16 de dez. de 2023

No último sábado de novembro, numa manhã solarenga, mas bem fria, adentro um pequeno e belo bosque, fresco e húmido, ao longo de um vale formado pelos cursos dos rios Sousa e Ferreira.


Instigado previamente por um colega, veterano nestas andanças, avanço para a descoberta pessoal de uma pequena rota (PR) - um percurso linear com uma extensão de 5,4 km - inserida no conjunto de rotas e trilhos das “Serras do Porto”. A pesquisa prévia identificou este percurso como tendo um trilho conhecido pelos moinhos de água nele existentes.


Esta Pequena Rota tem a denominação oficial de “PR1 GDM – Linha de Midões e os Moinhos de Jancido”. Foi inaugurada a 1 de maio de 2021, devidamente homologada pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP).


Contrariando as boas regras de segurança dos caminheiros, faço-me a ela e aos seus trilhos sem qualquer companheiro de viagem (na minha primeira incursão), estimulado pela sua proximidade, pelas informações sobre a sua beleza e, acima de tudo, pela classificação de “fácil” quanto à sua exigência.


Para quem não sabe: este vale é formado pela confluência de dois rios: o rio Sousa, afluente do rio Douro, no qual desagua a partir da sua margem direita, a cerca de 10 km da cidade do Porto; e o rio Ferreira, principal afluente do rio Sousa, desaguando nele já muito perto da sua foz (no rio Douro).



Este percurso pedestre baseia-se na antiga linha ferroviária de Midões, a qual operou entre 1856 e 1927. Esta linha serviu as antigas minas de carvão de Midões, bem como as minas de antimónio e ouro de Montalto. Por essa linha era transportado carvão até à foz do rio Sousa, sendo aí carregado em barcos que desciam o rio Douro até à cidade do Porto.


A principal atração deste percurso pedestre são os moinhos de Jancido, os quais terão cerca de 200 anos de existência. Atualmente são 8 (oito) os moinhos de rodízio existentes, com as suas mós impulsionadas a água. O seu trabalho de outrora consistia em transformar o milho e outros cereais em farinha, utilizada fundamentalmente para o fabrico de pão.


Ao longo da década de 1970 estes moinhos deixaram progressivamente de ser produtivos, por força do advento da moagem operada com base em sistemas elétricos. Em 2017, numa altura em que estes moinhos se encontravam em ruínas, um grupo de voluntários locais empreendeu um processo de recuperação deste património histórico e social. Surge, assim, os “Amigos dos Moinhos de Jancido”.


Estacionado o meu carro junto ao ponto ocidental de entrada na Pequena Rota, inicio o percurso por volta das 11 horas da manhã.


Ainda antes de me embrenhar pelo zona mais frondosa do bosque, avisto ao longe, junto ao rio Sousa, uma enorme edificação.



Percorridos mais uns metros, posso melhor visualizá-la, fotografá-la e perceber, mais tarde, do que se tratava. Este é o edifício da antiga Central de Captação de Água do rio Sousa. Imponente, situada na margem direita do rio (ou seja, no outro lado do rio face ao percurso da Rota iniciada).



Esta central está encerrada, desativada e encontra-se degradada pelos anos. Está classificada como monumento de interesse público. Em julho de 2021, o município do Porto, o município de Gondomar e outras entidades públicas, assinaram um acordo para que neste espaço nasça um centro de inovação e conhecimento. Desconheço a evolução deste acordo... mas a central permanece encerrada e sem visíveis obras de recuperação.


Durante o percurso deparo-me com uma ave de corpo e asas completamente negros, apenas com o seu bico ou face mais claros, e com um grande porte de asas abertas. É bem maior do que um pato, com elegância e sem dificuldades no seu vôo.


Fico fascinado só de vê-la, por não me lembrar de alguma vez a ter observado. Não que eu seja um especialista (percebo pouco ou nada de aves...), mas esta é uma ave com um porte que eu não contava ver ali, a apenas 10 kms do Porto.


E, no entanto, alí está ela, a tomar banhos de sol, secando as suas asas, na companhia de outra da mesma espécie. E muitas mais vislubrei, ao longo deste percurso, nada tímidas ou receosas, a voarem ao longo do rio Sousa, muito perto da sua foz.

Esta fotografia - do lado esquerdo - foi obtida no final da caminhada completa. Para isso atravessei o rio Sousa para a outra margem, estacionei o carro junto à antiga central de captação de água e obtive esta imagem, aproximando-me, em passos lentos, da berma do rio.


Já em casa, através de pesquisa na internet, dou-me conta de que se trata de um corvo-marinho-de-faces-brancas. Também há quem o designe por cormorão.


É um nadador exímio que mergulha para apanhar o peixe de que se alimenta. Em Portugal é, sobretudo, invernante (de setembro a abril), podendo ser avistado em zonas húmidas, em concentração de dezenas ou mesmo centenas de aves da mesma família. Podem ser vistos mais frequentemente em barragens, açudes e rios de médio e grande caudal. Gosta de se secar ao sol, na companhia dos seus, abrindo as suas enormes asas, as quais podem atingir 1,50 mts.


Fotografada à distância esta avis rara (pelo menos para mim...), prossigo viagem. Um pouco mais à frente, mas ainda nas primeiras centenas de metros de caminhada, tabuletas no caminho colocam-me perante duas opções: prosseguir num trilho mais afastado do rio ou optar pelo "trilho dos moinhos", o qual segue bem perto da margem do rio Sousa.


Não hesito e tomo o caminho descendente na direção do rio...


E fui encontrando isto enquanto penetro o bosque, num percurso cada vez mais próximo da margem esquerda do rio Sousa:



Alí a humidade é elevada, pois o rio está bem próximo, as margens são baixas, são inundadas e enlameadas, o bosque é constituído por múltiplas árvores, com copas frondosas. E, naquele momento em que caminho, os raios de sol ainda não incidem sobre a margem esquerda do rio (o que farão mais tarde, com o sol posicionado a sul-poente).


O trilho conduz-me até bem perto da margem do rio.


Rosto e mãos descobertos são o meu contacto mais direto com o frio que se começa a entranhar no corpo.


Os meus sentidos estão bem despertos pelo frio... e pela beleza da natureza que me rodeia.


Do outro lado da margem vejo uma lingua de areia, formando uma pequena praia fluvial.


Dezenas de patos deslizam sobre um espelho límpido de água fresca, nadando rio acima e rio abaixo, deixando atrás de si um rastro de linhas e curvas que se esbatem com o tempo.


Um pescador solitário pesca no rio a partir da margem. O quê? Não sei... Apetece-me perguntar-lhe, mas não me atrevo, pois teria que elevar a voz para que me ouça e isso iria quebrar o encantamento dos sons tranquilos da natureza em meu redor.


Verde, verde e mais verde... Esta é a cor dominante da palete que pinta a paisagem em meu redor.



Mais à frente o trilho afasta-se da margem do rio. A vegetação mais densa acompanha-o, deixando a margem mais descoberta e permitindo ao sol o contacto com a terra húmida, aquecendo-a sem a conseguir secar.



O trilho continua belo, convidando-me a descobri-lo, insinuando-se em curvas que acompanham o rio.



E eis-me chegado à Ponte das Longras... Uma ponte que, dizem alguns, será centenária e que se encontrava em ruinas há já 20 anos, antes de ser reconstruída em 2012 pelos habitantes de Jancido.



Ponte que permite a travessia para a outra margem, mais iluminada e aquecida pelos raios de sol da manhã.



Beleza única... de me deixar sem palavras.



E a Natureza vai-me maravilhando, revelando-se ao longo do caminho.



E mais... e mais...



As indicações ao longo do percurso criam-me a expetativa de uma cada vez maior proximidade dos famosos moinhos...



Avisto o primeiro moinho ao longe... e percorro com redobrada expetativa o caminho que a ele me leva.





Depois de visitar o "moinho do Facho e Garrido" (cada moinho tem uma placa com o nome porque era conhecido, provavelmente os seus antigos proprietários), prossigo a caminhada, atravessando uma pequena ponte em madeira, perseguindo o rumor de uma queda de água.





E eis-me perante uma queda de água, que contorna e ladeia mais um dos moinhos de Jancido, sendo conhecida por Cascata do Caiáguas.



A água cristalina que jorra encosta abaixo, em cascata, ladeia um moinho que dela se aproveita para a sua função. O seu percurso é assinalado por traços brancos sobre pedra negra, bem polida por tanta água que por ela passa. O 'cantar' da água que escorre, saltitante, encosta abaixo, em direção ao rio, é a banda sonora de um quadro único.


A placa abaixo fotografada está colocada a poucos metros do local. São palavras escritas por Francisco Sousa Viterbo (poeta, arqueólogo, historiador e jornalista, nascido no Porto) que bem ilustram o que estou a vivenciar:




Escadas em pedra, colocadas na encosta, direcionam-me para o moinho que ladeia a cascata.


Uma corda é estrategicamente colocada ao longo da escadaria para permitir uma maior segurança no percurso coberto de musgo e folhagem humedecida.


As indicações no local apontam para a necessidade de subir esta enconsta para continuar a seguir o "trilho dos moinhos".


E assim faço.


Na subida vislumbro, lá em baixo, o moinho do Facho e Garrido, já por mim visitado, a pequena ponte em madeira por baixo da qual as águas da cascata se unem ao rio. A paisagem continua admirável!




O interior do moinho revela parte do notável trabalho de recuperação que os "Amigos de Jancido" desenvolveram nestes moinhos e nestes percursos.


Estes moinhos eram reduzidos, mas eficientes (até determinada época) espeços de trabalho de moagem de cereais e sua conversão em farinha.


Os moinhos, as suas mós e as engrenagens que as faziam mover lá estão, como testemunho de uma época que convém recordar e compreender. Para melhor nos compreendermos hoje.


Mais acima deparo-me com um terceiro moinho, outro que aproveita a força das águas da cascata do Caiáguas.



Trata-se do "moinho do Almeida", conforme assinalado na placa. Numa face da coluna que sustenta uma grande pedra plana - que cria uma espécie de alpendre na entrada do moinho - encontra-se gravado algo que não consigo descortinar o que seja. Mas a minha imaginação voa... voa...



O enquadramento dos moinhos na paisagem tem algo de “mágico”... algo de verdadeiramente “mágico”...


A sensação que tenho, desde que entrei neste bosque, neste vale, é de que estou verdadeiramente num lugar encantado. Se existem lugares desses no nosso mundo... este é seguramente um deles.


O "trilho dos moinhos" continua a conduzir-me por uma escadaria de pedra...



E chego ao topo das escadas para de imediato perceber que estou agora no trilho superior, mais afastado do rio (lembra-se que no início da caminhada optei por seguir o "trilho dos moinhos" junto ao rio?...).


Mas constato que o "trilho dos moinhos" não acaba aqui... Pois, afinal não são oito os "moinhos de Jancido"? E volto a subir escadas em obediência às placas que me guiam em direção aos restantes moinhos.



Olho para baixo e contemplo o vale estreito de bosques densos, por ele serpenteando o rio Sousa.




Mais à frente no percurso, registo em fotografia algo que não consegui explicar, mas que me fez sorrir: uma corda esticada entre duas árvores onde se encontram dependurados mais de uma dúzia de soutiens de diferentes cores e tamanhos.


A razão para eles estarem ali?... Não sei, até hoje.




Encontro-me mais longe do rio, mas novamente num bosque frondoso e muito verde, onde os raios de sol têm dificuldade em penetrar, com riachos de águas límpidas a escorrerem encosta abaixo, prenunciando o seu término, bem mais abaixo, no rio Sousa.



«(...)

O que é preciso é ser-se natural e calmo

Na felicidade ou na infelicidade,

Sentir como quem olha,

Pensar como quem anda (...)»

(Fernando Pessoa)


Dou-me conta da existência de uma iniciativa da "Amut" e da "Agir pelo Planeta" que espalha poesia pela floresta.


Em sentido literal.


Todo este local é poesia... pelo que não haveria melhor lugar para o fazer.



Mais acima no trilho encontro o "moinho do Oliveira" com a sua levada que conduziu a água do ribeiro até ao seu rodízio e movimentou a sua mó.




Esta parte do "trilho dos Moinhos", bem acima da quota do rio, é percorrida numa configuração circular.


Isto é, consigo antever que o trilho me está a conduzir de volta ao ponto de partida, bem mais próximo do rio Sousa, junto à cascata de Caiáguas.


Nesta zona do percurso, uma corda disposta ao longo do mesmo, conduz-me na direção certa.


"Cinema nos moinhos", diz uma delas. Ora aí está um objetivo para uma próxima visita.



Mesas e bancos de madeira, estrategicamente colocados ao longo do percurso, convidam ao descanso e à calma contemplação da natureza envolvente.



Avisto e aproximo-me do "moinho do Capela". O seu enquadramento na natureza é diferente (como é diferente cada um dos outros...), mas igualmente belo, junto a um riacho que corre suavemente encosta abaixo.





Mais abaixo irei encontrar mais um moinho encantado e encantador...





E ainda mais um outro moinho...



Os moinhos de Jancido são oito: Moinho do Quintas, Moinho do Oliveira, Moinho do Capela, Moinho do Alves, Moinho do Caralhitos, Moinho do Almeida, Moinho do Crestina e Moinho do Garrido. Numa ordenação no sentido nascente-foz.


Herdaram aqueles nomes das famílias suas proprietárias.


Estão posicionados ao longo da ribeira de Caiáguas, em Jancido.

Este caudal de água que vai desaguar na cascata de Caiáguas é formado pelo água de nascentes ao longo de 1.000 metros de curso.


A água, nesta região, foi outrora utilizada como sistema de regadio tradicional e como alavanca para a moagem de cereais, tendo sido partilhada através do sistema de consortes da aldeia de Jancido.


Terão mais de 200 anos estes moinhos de rodízio, pequenos edifícios construídos em pedra de xisto, alimentados pelas águas da ribeira a eles conduzidas por levadas e represas.


E o "Trilho dos moinhos" conduz-nos através de todos eles, num percurso verdadeiramente mágico...


Mas agora é tempo de prosseguir caminho...


Desço novamente para o trilho bem junto ao rio Sousa...


... e deparo-me com um estranho baloiço.


Esteticamente bonito, estrategicamente colocado, mas não me parece funcional para ser utilizado e desfrutado por alguém.


Será mesmo um baloiço... ou terá uma outra utilidade? Permaneço com a dúvida até final da caminhada, atirando para uma pesquisa posterior a resposta a esta questão.


Alguém sabe a resposta?


Entretanto, o tempo vai passando, o sol vai percorrendo o seu arco no céu (sim, eu sei que é a Terra que se move...), o bosque não é tão denso e existe mais luz no meu caminho (sim, literal e também metaforicamente...).



A paisagem, essa, continua admirável. Sucessivos quadros, todos diferentes, todos igualmente belos, vão desfilando pelo meu caminho...



Sim, o trilho é por aqui...



Chego às imediações da ponte da Linha, a qual liga as duas margens do rio Sousa. Esta é uma ponte de metal com piso de contraplacado espesso, substituindo a antiga ponte da linha de Midões, a qual ruiu.



Atravesso-a.



Entro numa nova etapa do percurso. O trilho afasta-me da margem do rio, leva-me para campos mais abertos e luminosos. Mas a proximidade do rio e da sua humidade nota-se em alguns percursos lamaçentos que o sol ainda não secou.



Entrando e percorrendo um pequeno desfiladeiro, deparo-me com uma ponte rodoviária por baixo da qual segur o trilho que percorro.



Encontro-me por baixo de uma auto-estrada: a A43, ou IC29 ou também conhecida por via rápida de Gondomar. É um marco imponente da presença humana numa paisagem que, até este momento, era quase exclusivamente rural.



Mais à frente dou-me conta de um cruzamento, onde terei de optar entre prosseguir para a "Variante da biodiversidade - Propriedade privada com autorização de passagem" ou para o "Parque de merendas do Covelo", o qual se situa a 250 mts.


Percebo que a primeira opção me levará até às minas de Midões e Montalto.


Mas a fome fala mais alto... Ainda que carregue uma mochila com o que comer e beber, a verdade é que anseio por encontrar um local tranquilo onde possa descansar e alimentar-me.


Sabia-o de antemão, mas naquele momento dou-me conta de que ainda tenho que efetuar o percurso de volta, uma vez que esta Pequena Rota tem um percurso linear.


Não hesito mais e prossigo em direção ao Parque das merendas do Covelo...


... ou pelo menos, assim pensava.


A verdade é que a 250 mts do cruzamento não encontro qualquer parque, muito menos de merendas.


Mas a paisagem... essa não pára de me deslumbrar.










Caminho... caminho... e caminho... em busca de um parque de merendas, ou algo parecido. Mas não o encontro... Deixo de me aperceber de qualquer trilho marcado no caminho, a vegetação adensa-se à medida que me aproximo da margem do rio.


Decido parar e voltar para trás, pelo mesmo caminho. Tento retomar o trilho e perceber onde me terei enganado. Mas, sem perceber onde me enganei, volto ao cruzamento onde tomei a decisão de prosseguir para o parque de merendas.


De um tronco no chão na margem do trilho faço o meu banco de descanso. E recupero as forças e energia, bebendo e comendo parte das minhas provisões.



Opto por não prosseguir em direção às minas de Midões e Montalto e inicio o percurso de volta ao ponto de partida.





O caminho de volta serve para melhor gravar na minha memória - e no meu telemóvel - mais alguma da enorme beleza que este território encantado me permitiu ver e desfrutar.






Quando termino a minha caminhada - cerca de quatro horas depois de a iniciar - prometo a mim mesmo voltar a percorrer esta Pequena Rota e seus trilhos.


Mas quero iniciá-la bem mais cedo, para assistir ao efeito dos primeiros raios de sol sobre o rio e absorver o efeito de luz e sombra dos raios que adentram as poucas clareiras que o bosque cerrado permite.


Enfim, a ideia é voltar... uma e outra vez... para assistir ao despertar da Natureza neste verdadeiro vale encantado.


Na semana seguinte volto lá uma segunda vez, desta vez acompanhado da Daniela. Planeavamos percorrer a parte da rota que eu ainda não tinha completado (o trilho em direção às minas de Montalto e de Midões) e perceber onde me enganei quando quis percorrer o trilho até ao parque de merendas de Covelo. Mas circunstâncias várias não nos permitiram fazê-lo.


Não há duas sem três... seguramente que, em breve, vou lá voltar. Mas beleza como esta é para partilhar com quem a possa e saiba admirar...


Quer juntar-se a mim e a um pequeno grupo de ‘caminheiros’ e partir à descoberta destes trilhos? Ou de outros trilhos por esse país fora?


Então não hesite em contactar-me:


Marco Moura Marques

+351 967 035 966


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Guest
Jan 04, 2024
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Obrigado pela viagem!

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